Chances de marcar, as duas equipes tiveram. Mas este domingo não era dos ataques de Fluminense e Vasco, que ficaram em um empate por 0 a 0 no Engenhão, pela quinta rodada da Taça Rio. O duelo, que teve bola no travessão de Eder Luis e algumas boas defesas dos dois goleiros, foi marcado pelo equilíbrio e pela grande quantidade de erros de passe de lado a lado. A igualdade não chega a ser uma novidade para os clubes, que empataram 12 vezes nos últimos 17 confrontos.
Para o Vasco, o resultado ao menos serviu para recolocar o time na liderança do Grupo A do segundo turno do Carioca, com dez pontos. A equipe da Colina supera Boavista e Americano (ambos com a mesma pontuação) no número de gols marcados. O ponto conquistado não teve o mesmo efeito para o Tricolor, que segue em terceiro no Grupo B, fora da área de classificação para a semifinal, com oito pontos. Está atrás do Olaria (12 pontos) e do Botafogo (dez).
No próximo sábado, às 16h (de Brasília), o Fluminense vai até o estádio Raulino de Oliveira encarar o Volta Redonda. No domingo, no mesmo horário, o Vasco recebe o Bangu em São Januário.
Equipes erram passes e irritam os torcedores; Eder acerta o travessão
Antes de a bola rolar, o clima era de ironias entre as duas torcidas. Os tricolores, por exemplo, brincaram com o jejum de títulos do Vasco (não vence o Carioca desde 2003). Os vascaínos levaram ratos de papelão rosa, em alusão à presença dos roedores na sede do Tricolor, caso citado por Muricy Ramalho. Quando o árbitro apitou o início do jogo, a disputa continuou forte. Empurrados por sua torcida, em maioria no estádio, os cruz-maltinos começaram no ataque, mas, atrapalhados pelos seguidos erros de passe na tentativa de encontrar Diego Souza e Eder Luis na frente, o time deu chance para o adversário crescer.
Mais objetivo, o Tricolor assustou pela primeira vez com o argentino Conca em um chute de fora da área, que Fernando Prass teve dificuldade para espalmar. Pouco depois, Emerson levou a bola pela ponta direita e cruzou para Fred, que estava de cara para o gol. O capitão, no entanto, chegou um pouquinho atrasado e não conseguiu empurrar a bola para o gol. Ele ainda teria outra chance depois, ao aproveitar um desvio de cabeça de Valencia. O camisa 9, desequilibrado, não conseguiu acertar o alvo.
As primeiras duas boas oportunidades do Vasco saíram dos pés de Bernardo. Primeiro, em uma cobrança de falta de longe, ele soltou uma bomba, e Ricardo Berna mandou para escanteio. Depois, o meia recebeu passe de Diego Souza e bateu forte, cruzado. O goleiro tricolor conseguiu aliviar o perigo novamente. Mas a melhor chance veio com Eder Luis, aos 37 minutos. O atacante aproveitou um passe errado de Conca e arrancou desde antes do meio de campo até a entrada da área, de onde chutou firme e acertou o travessão.
Antes do fim da primeira etapa, o Vasco ainda chegou com muito perigo. Após boa troca de passes, a bola sobrou limpa para Romulo, que, da entrada da área, chutou forte no ângulo. Ricardo Berna saltou e, de mão trocada, fez uma linda defesa.
Times perdem chances, e o placar não muda
O Flu voltou do vestiário com Deco no lugar de Souza, e o luso-brasileiro logo criou uma boa oportunidade. Ele deu passe para Fred, que enganou o marcador e bateu colocado da entrada da área. A bola passou rente à trave esquerda de Prass. Apesar do bom início, o jogo caiu um pouco de rendimento na segunda etapa.
Percebendo que seu time estava em dificuldade, Ricardo Gomes também mexeu: promoveu a estreia de Alecsandro, que, aos 14 minutos, entrou no lugar de Bernardo. No lance anterior, os cruz-maltinos pediram pênalti em lance que Eder Luis se chocou com Digão dentro da área. O árbitro mandou o jogo seguir (veja o lance no vídeo acima).
Aos 24 minutos, a chance mais clara de gol esquentou a partida. Marcio Careca fez lançamento na medida para Eder Luis, que ficou de cara para o gol, mas chutou muito mal, com a bola saindo quase pela linha lateral. Depois, foi a vez de o Flu ameaçar, mas a pontaria definitivamente não estava em dia. Na primeira, Deco chutou, a bola desviou, e Prass teve dificuldade para defender. Na sequência, Julio Cesar teve duas oportunidades. Primeiro, errou o alvo após tabelar com Araújo. Depois, chutou cruzado, e o arqueiro vascaíno rebateu para o meio da zaga. Ninguém conseguiu aproveitar o rebote.
Apesar da tentativa de pressão tricolor no fim, o árbitro deu o apito final sem que o placar fosse alterado.
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